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quinta-feira, 26 de maio de 2011

ECOVILA TAMERA - Energia Solar Descentralizada no Alentejo

Energia Solar Descentralizada no Alentejo

Inauguração do Campo Experimental para uma Aldeia Solar

http://solarvillage.tamera.org/

No dia 17 de Outubro, Tamera inaugurou o Campo Experimental para uma Aldeia Solar, uma aldeia protótipo com a finalidade de testar o uso da energia solar descentralizada no dia-a-dia. Com base nos resultados desta experiência, será mais tarde construída uma Aldeia Solar auto-suficiente ao nível de energia e de alimento que será o centro de um instituto de pesquisa e formação. “O nosso sonho é construir a primeira 'universidade solar' do mundo”, diz Jürgen Kleinwächter, inventor de Lörrach (Alemanha).

As regiões mais pobres do mundo poderão passar a ser ricas no futuro, visto que a sua riqueza natural em sol possibilita a independência do petróleo ou da energia nuclear. Na União Europeia, são regiões como o Alentejo que poderão tornar-se num íman para a pesquisa solar. É assim que pensa o físico Jürgen Kleinwächter. Contudo, não procura competir com a mega central solar no Sahara. “Em vez de monopólios de energia, queremos atingir a autonomia regional em energia e alimento. Assim, podemos preservar o ambiente e criar empregos para que a vida regresse às aldeias.” Em Tamera, encontrou uma parceria onde pode testar as suas invenções solares.

No dia 17 de Outubro vieram à inauguração do Campo Experimental pessoas interessadas da região e também especialistas da Suíça, Alemanha, Israel, Índia e dos E.U.A. Foi um fim -de -semana cheio de alegria, música, teatro e palestras O sol de Outubro não faltou: os seus raios brilharam sobre os diferentes dispositivos e transformaram-nos em calor ou em vapor para cozinhar, em energia mecânica para bombear água e em electricidade.

Barbara Kovats, a coordenadora da equipa da Aldeia Solar, explica: “Juntámos tudo o que desenvolvemos até agora e criámos uma aldeia protótipo. Um arquitecto e um arquitecto paisagista fizeram o plano para uma aldeia sustentável. Agora, vamos viver neste protótipo e assim melhorá-lo no nosso dia-a-dia, até que esteja pronto a ser usado em comunidades e aldeias de paz em várias regiões do mundo”.

No Campo Experimental, uma fonte adorna o centro da aldeia. A água é movida pelo "Sunpulse Water", uma bomba solar. Batendo como um enorme coração, inicia a circulação da água a partir de uma bacia de retenção de água da chuva, fluindo então para um riacho artificial. Jürgen Kleinwächter observa: “Em zonas ricas de sol, nunca será necessário usar electricidade para bombear água.”

Mas o sistema também produz electricidade numa estufa de sessenta metros quadrados, coberta por uma película permeável aos raios UV. Concentradores da radiação do sol estão colocados de tal forma que seguem automaticamente a direcção do sol. As lentes Fresnel dirigem a luz solar numa linha focal e o óleo vegetal flui nos tubos que seguem esta linha. A luz solar assim focada pode aquecer o óleo até aos 200 graus. Armazenado num reservatório especial, o óleo 'alimenta' a cozinha solar e o "Sunpulse Hotoil." O motor Stirling converte a diferença de temperatura entre o óleo quente e a água fria em energia eléctrica. Uma serra na oficina demonstra como o seu uso poderá ser económico.

Um dos convidados, David Lehrer, director do Arava Institute em Israel, exclama “Este sistema é inovador. Quem me dera que nós tivéssemos tido esta ideia.”

Jürgen Kleinwächter acrescenta: “O sistema é inovador por dois motivos. Por um lado, apresenta soluções para os problemas de armazenamento com os quais nos deparamos sempre na tecnologia solar e por outro, permite também a independência dos fotovoltaicos e portanto, da grande indústria.”

O Campo Experimental e os seus componentes foram construídos em oficinas relativamente simples, em Lörrach e em Tamera. “Neste momento, o sistema produz 1.5 kW de electricidade, mas queremos melhorar significativamente este valor durante os próximos meses”, conclui o engenheiro Paul Gisler.

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